Mas vamos falar fisiologicamente um pouquinho sobre o assunto. Para entendermos o efeito do fumo sobre o organismo humano, vamos começar pelas células ciliares.
As células ciliares, como o próprio nome sugere, possuem cílios, que são apêndices com movimentos para uma única direção. No caso das células ciliares da traqueia, da glote para cima o movimento é para baixo. Da glote para baixo o movimento é para cima. Mas por que? O objetivo é jogar muco para o sistema digestório. E esse sistema funciona muito bem até entrar a nicotina no organismo.
A nicotina de um único cigarro paralisa o movimento ciliar, o que gera muco em excesso na traqueia, diminuindo a luz brônquica. Passado o efeito da nicotina, os cílios voltam a trabalhar e limpam o excesso de muco. No entanto, fumantes inveterados geram uma camada excessiva desse muco que inviabilizam sua limpeza pelas células ciliares. Nesses casos é que é necessário o picarro para limpar de forma mecânica as vias aéreas.
EFIZEMA PULMONAR:
Os alvéolos são estruturas que realizam a troca respiratória dentro dos pulmões e estão separados entre si por septos alveolares que tem a função anatômica de aumentar a área de superfície disponível para a dita troca.
No pulmão de fumantes o alcatrão deposita-se nesses septos destruindo-os. Assim, ocorre uma fusão de alvéolos e, quanto mais alvéolos fundidos, menor a superfície para troca gasosa. Quanto menor essa possibilidade, menor a capacidade vital. Em casos extremos, o fumante chega na DPOC - Deficiência Pulmonar Obstrutiva Crônica. É o caso do sujeito que precisa andar de um lado para outro com um tubo de gás de arrasto, contendo oxigênio para poder respirar.
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